segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Estamos com imensa saudade do futebol. Porque só a alegria pode “derrotar” o trágico

Já estamos até sonhando com partidas de futebol. Escondido, gritamos “gol!”. Só para não perder a prática


O povão costuma dizer: “Só sabemos valorizar aquilo que perdemos”. Nos Sentimos assim nos últimos 18 meses. Talvez a maioria se sinta assim como nós. Sim, amigos do esporte, estamos falando de futebol. Ah, já se esqueceu do que se trata? Claro que não!

Com todos os problemas e dificuldades dos pequenos municípios, o futebol valentense é um dos melhores da região sisaleira - quiçá da Bahia. Você já imaginou o futebol da Bahia sem a presença dos craques valentenses? Sim, seria bom, mas não tão bom quanto é. Os jogadores “Ibietêenses”, a décadas, encantam as torcidas, com a beleza e a plasticidade de seu futebol-arte, aqui e ali, malemolente.

Diga-nos, leitor amigo: está ou não está com saudade dos nossos times? Confessamos: depois de tanto tempo sem assistir nenhuma partida, estamos com vontade de ver qualquer jogo. Sentimos saudades dos aplausos e, mesmo, das críticas. Estamos com saudades inclusive de ouvir a narração de um jogo, sobretudo dos gols.

Estamos de luto? Não. Não estamos de luto. Estamos lutando para não esquecer a emoção de ver a torcida aplaudido uma vitória. Para falar a verdade, já estamos com saudades até de ver uma torcida entristecida por causa de uma derrota.

Imensa é a vontade de assistir um jogo de futebol. Ou de ouvir um jogo pelo rádio. Adoramos ouvir que a bola, segundo o locutor, passou raspando a trave - quando, na verdade, passou a pelo menos dois metros (risos). Mas rádio é assim mesmo: emoção. E não há futebol, com ou sem craques, sem emoção.

Sabe aquele frêmito de ver um jogador “classudo”, um driblador, indo em direção ao gol do time adversário? Pois queremos sentir isto novamente... os domingos, à tarde, eram sagrados. Ah, futebol, nunca imaginamos que sentiríamos tanta falta de você.

Infelizmente, provável que o Campeonato Valentense não seja mais disputado em 2021 - assim como em 2020. O tal de coronavírus, um bichinho pequeno, mas topetudo - com suas coroas dantescas -, derrotou, quase, todo mundo. Vitória (Vargem Grande), Arsenal, América, Vitória das Populares, VFC, Ponte Preta, Real, Tanquinho, Minação, Bahia, Cabochard, Flamengo (Q. Curral), Ipiranga, Rio Branco, Flamengo (Juazeiro), União: quem seria campeão?

Não poderíamos deixar de lembrar: estamos com uma saudade imensa de ver a nossa Seleção Valentense em campo. Se os torcedores, Atletas... estão sofrendo, nós estamos “sangrando” de saudades.

O certo é que, mesmo se fôssemos autores de livros de ficção científica, não conseguiríamos imaginar uma situação como a atual – e nada voltará a ser como dantes, acredita-se. O coronavírus, um bichinho invisível para nós pobres mortais - e bota mortais! -, conseguiu retirar de campo os gigantes do futebol e “esvaziar” nossas gargantas... nos tirou o abraço do gol, o beijo na pessoa amada após a comemoração e o canto ecoado por todos os lados do nosso estádio. Perdemos isso, esperamos que não mais por muito tempo.

Coronavírus? Sai! Sai! Sai! Nossas preces são para que, em breve, tudo volte ao normal, não apenas o futebol. Que Deus ajude a humanidade a se livrar do vírus e das doenças que desencadeia. Que a bola volte a rolar em nosso gramado. Urgentemente. Estamos todos ansiosos, com saudade do nosso futebol, mas ao mesmo tempo sabemos que, ainda, é um momento delicado, em que temos que ter bom senso e manter todos os cuidados possíveis.

Os Valentenses querem a alegria de volta, e nós faremos o possível, respeitando todas as medidas e orientações sanitárias, para que isso ocorra o mais breve. Como é uma situação nova para todos, os preparos preventivos estão sendo realizados de forma empírica, mas torcemos para dar certo. Um conjunto de dados estão sendo avaliados.

Bandeiras a postos, grito na garganta preparado. Com a permissão de Deus, tudo dará certo, no momento correto, para o retorno dos nossos campeonatos. O futebol é sinônimo de alegria e congraçamento.

Gol! Opa, nos desculpe…